domingo, 7 de dezembro de 2008

Textos de São Josemaria

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“Uma oração contínua”

“Padre, comentaste-me, eu cometo muitos enganos, tenho muitos erros”.
- Eu sei, respondi-te.
Mas Deus Nosso Senhor, que também o sabe e conta com isso, só te pede a HUMILDADE de reconhecê-Lo, e a luta por retificar, por servi-Lo cada dia melhor, com mais vida interior, com uma oração contínua, com a PIEDADE e com o emprego dos meios adequados para santificares o teu trabalho. (Forja, 379)

Vida interior, em primeiro lugar. Como são poucos ainda os que a entendem!
Ao ouvirem, falar de vida interior, pensam na escuridão do templo, quando não no ambiente rarefeito de certas sacristias.
Há mais de um quarto de século venho dizendo que não é isso.
O que descrevo é a vida interior de um simples católico, que habitualmente se encontra em plena rua, ao ar livre; e que na rua, no trabalho, na família e nos momentos de lazer permanece atento a Jesus o dia todo.

E o que é isso senão vida de oração contínua?
Não é verdade que compreendeste a necessidade de ser alma de oração, com uma relação de AMIZADE com Deus que te leve a endeusar-te?
Essa é a fé cotólica, e assim o compreenderam sempre as almas de oração.

Escreve Clemente de Alexandria: " Torna-se Deus o homem que QUER o mesmo que Deus QUER ".

A princípio custa; é preciso esforçar-se por dirigir o olhar para o Senhor, por agradecer a sua piedade paternal e concreta para conosco.
Pouco a pouco, o amor de Deus - embora não seja coisa de sentimentos - torna-se tão palpável como uma flechada na alma.

É Cristo que nos persegue amorosamente: Eis que estou à tua porta e bato. (É Cristo que passa, 8)
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